Mulher transexual morre em Mogi das Cruzes após atendimento em UPA

Mulher transexual morre em Mogi das Cruzes após atendimento em UPA A Polícia Civil investiga a morte de uma mulher transexual registrada no último sábado (1...

Mulher transexual morre em Mogi das Cruzes após atendimento em UPA
Mulher transexual morre em Mogi das Cruzes após atendimento em UPA (Foto: Reprodução)

Mulher transexual morre em Mogi das Cruzes após atendimento em UPA A Polícia Civil investiga a morte de uma mulher transexual registrada no último sábado (1º) em Mogi das Cruzes. A vítima foi identificada como Tifanny Ladeira Rolim, de 43 anos. Ela será enterrada nesta segunda-feira (3), às 14h30, no Cemitério da Saudade. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), policiais militares foram acionados para atender a ocorrência na Avenida Pedro Romero, no Rodeio, e, no local, encontraram a vítima caída. ✅ Clique para seguir o canal do g1 Mogi das Cruzes e Suzano no WhatsApp Foi apurado pelos policiais que ela havia passado em uma consulta na UPA do Rodeio e após ser liberada se sentiu mal novamente. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte no local. A Secretaria Municipal de Saúde e Bem-Estar informou que Tifanny foi atendida na UPA Rodeio, que é gerenciada pela Fundação do ABC (FUABC), e deu entrada na unidade às 15h57, encaminhada pelo Samu, após apresentar crise convulsiva. Segundo a equipe do Samu, ela foi encontrada em fase pós-ictal (período após convulsão, caracterizado por confusão, sonolência, dor de cabeça e fadiga), e chegou à unidade com escala de Glasgow 14 (considerada leve), sinais vitais estáveis, sem foco infeccioso e afebril. Ela estava acompanhada do companheiro, que relatou que a mulher fazia uso de drogas lícitas e ilícitas, informação que está documentada no prontuário da paciente. De acordo com a coordenadora médica da UPA Rodeio, Débora Nogueira Missiato, tratava-se de uma paciente com histórico prévio de epilepsia, sem informações sobre tratamento regular e, durante o atendimento, teriam sido seguidos todos os protocolos clínicos. A paciente, segundo a Secretaria, recebeu anticonvulsivante (fenitoína), apresentou melhora clínica, manteve-se comunicativa e orientada, alimentou-se e permaneceu em observação por cerca de 2h30. Ainda de acordo com a médica, a equipe ofereceu acionamento do acolhimento social da Secretaria de Assistência Social, considerando que a paciente e o companheiro estavam em situação de rua. Eles, porém, teriam recusado o encaminhamento, informando que preferiam seguir para Brás Cubas, onde teriam local para ficar. A paciente, então, teria sido conduzida até a saída em cadeira de rodas, mas deixou a unidade pouco antes das 19h, caminhando e conversando com a equipe, ao lado do companheiro, após alta assinada pelo médico José Augusto Cardoso Filho. Assim que foi informada sobre a morte da mulher, em um ponto de ônibus nas proximidades da unidade, a Secretaria Municipal de Saúde e Bem-Estar diz que solicitou imediatamente à Fundação do ABC informações detalhadas sobre o atendimento e acompanha o caso junto à equipe responsável. Nas redes sociais, o Fórum Mogiano LGBT+ lamentou a morte de Tifanny. "Neste momento de dor, expressamos nossa solidariedade as amigas, amigos, à comunidade trans e todas as pessoas que conviveram e lutaram ao lado de Tiffany. Sua trajetória foi marcada por coragem, dignidade e resistência em meio às dificuldades impostas pela transfobia estrutural." A SSP informou ainda que foram requisitados exames ao IML e o caso registrado como morte suspeita na Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes. A pasta disse ainda que as diligências estão em andamento visando o devido esclarecimento dos fatos. Tifanny foi encontrada morta na Avenida Pedro Romero, em Mogi das Cruzes Reprodução/Redes sociais Assista a mais notícias do Alto Tietê

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